quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Autora - Silvinha Pessanha


 Museu da Casa de Cultura Jorge Amado- Ilhéus 

( Arquivo pessoal da autora)

Meu nome é Silvinha Pessanha, faço parte da AAAC e hoje, 5 de novembro, comemoramos o Dia Nacional da Língua Portuguesa. Nesta data, escolhi falar um pouco sobre o escritor Jorge Amado. Nascido em Itabuna em 10 de agosto de 1912, viveu parte da infância em Ilhéus e faleceu em 6 de agosto de 2012 em Salvador. Ele é considerado um ícone na nossa comunidade literária. Em suas obras, ele mescla com maestria realidade, poesia, romance, injustiça social e cultura regional. Apaixonado pela Bahia, sua terra natal, ele nos convida a fazer uma imersão cultural, social e política do seu povo, desdobrando nosso olhar através das relações de poder entre trabalhadores e latifundiários. Com uma linguagem simples e popular, ele fala abertamente sobre os bastidores dessas lutas sociais. Na minha opinião, é uma figura de proa nacional e internacionalmente, visto que seus livros foram traduzidas para 80 países em 49 idiomas, inclusive alguns exemplares em braille e em formato de audiolivro. Ele também foi o escritor cujas obras foram as mais adaptadas para televisão, cinema e teatro, o que contribuiu para a grande popularidade do seu trabalho. Foi membro da Academia Brasileira de Letras, eleito por unanimidade e ocupou a cadeira de número 23 dessa Instituição Literária. Sua relevância também deu-se no campo político, pertenceu ao partido comunista, foi deputado federal em São Paulo, caçado, preso e exilado. Ele tinha uma frase que dizia "a liberdade é como o sol, o bem maior do mundo", que para mim faz todo sentido. A leitura e a literatura promovem nosso conhecimento, portanto são libertadoras! Para quem ainda não leu Jorge Amado, ainda é tempo! Sua obra mais famosa foi o romance "Gabriela, Cravo e Canela", que tal começar por ela?
Silvinha Pessanha

Um comentário:

  1. Jorge Amado faz a gente sentir a atmosfera brasileira, principalmente nordestina, nas primeiras linhas dos seus romances. Que honra a nossa ter um escritor como ele!

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